sexta-feira, 31 de outubro de 2014

não vou às cegas...

Não vou às cegas…

Abro estes olhos vivos
E não vou às cegas pelas sendas enigmáticas
Deste mundo.

Cada dia, é um capítulo.
Duma novela que,
Na hora, se vai escrevendo.

Onde cada um é protagonista.
Da própria história.

Passo a passo,
Letra a letra,
A escrevemos em cada dia.
Conforme a luz e força
Do rio profundo
Que corre em nós.

Nós o sentimos.
Vem do passado.
Tantos matizes.
Nossas memórias.
Desde a madrugada
Da nossa existência.

Um barquinho sem remos,
Baloiçando à sorte.
À conta dos pais,
Num lago de paz.

Que se foi enchendo,
Banhado de luz,
Ao sabor do tempo.
Em variação constante.
Claros e escuros,
Raios de sol
E brumas de noite.

Torrentes de graça,
Cheias de cor.
Brisas de vento,
Nuvens correndo,
No azul do céu.
Como se fosse um mar.

Ouvindo o melhor de Chopin em piano,
Madrugada alta e fria

Mafra, 1 de Novembro de 2014
4h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes




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