Tantos dias e horas estragadas…
Não têm conta.
Foram tantas as horas
Perdidas. Receando o futuro.
Que nunca existe.
Só o momento agora
E já passou.
Ai do rio que parou as suas águas…
Lá se vão as costuras…
E uma tremenda cheia
Inunda e mata
Todos os sonhos.
Nunca mais quero perder um só
segundo,
Vendo no bolso,
Se tenho troco.
O que importa é viver sorrindo.
O sol já brilha
E o mundo e espera.
Quero viver a liberdade
De encher meu peito,
Como o vento serrano.
Em estado puro.
Cantar chorando.
Minhas mágoas caladas.
Olhar as estrelas
E o luar de Agosto.
Um bom farnel.
Com broa de milho.
Uma garrafita de tinto
Alentejano.
Ver meus cavalos de pé à chuva.
Sem um queixume.
Me deitar cansado.
Porque vivi…
Ouvindo Mendelsson
Mafra, 7 de Outubro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
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