terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tantos dias e horas estragadas...

Tantos dias e horas estragadas…

Não têm conta.
Foram tantas as horas
Perdidas. Receando o futuro.
Que nunca existe.
Só o momento agora
E já passou.

Ai do rio que parou as suas águas…
Lá se vão as costuras…
E uma tremenda cheia
Inunda e mata
Todos os sonhos.

Nunca mais quero perder um só segundo,
Vendo no bolso,
Se tenho troco.

O que importa é viver sorrindo.
O sol já brilha
E o mundo e espera.

Quero viver a liberdade
De encher meu peito,
Como o vento serrano.
Em estado puro.

Cantar chorando.
Minhas mágoas caladas.
Olhar as estrelas
E o luar de Agosto.

Um bom farnel.
Com broa de milho.
Uma garrafita de tinto
Alentejano.

Ver meus cavalos de pé à chuva.
Sem um queixume.
Me deitar cansado.
Porque vivi…

Ouvindo Mendelsson
Mafra, 7 de Outubro de 2014

Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário