Minha cafeteira de alumíneo…
Faz tudo em segredo.
Encho-a de água.
Deito-lhe umas migalhinhas de café.
Ponho-a ao lume.
E ela ferve.
Um perfume desabrocha.
Me enche a casa.
Sobe a escada e vai à cave.
Quando a abro,
A alegria é tal,
Desata sorrindo,
Fica cantando,
Enquanto bebo o seu segredo.
Depois se recolhe.
Ao seu silêncio
E fica à espera,
Como uma grande amante.
Fico encantado
Com seu carinho.
Que rica prenda
Me dei a mim…
Por tão pouco dinheiro.
Mafra, 19 de Outubro de 2014
21h38m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário