domingo, 19 de outubro de 2014

minha cafeteira de alumíneo...

Minha cafeteira de alumíneo

Faz tudo em segredo.
Encho-a de água.
Deito-lhe umas migalhinhas de café.
Ponho-a ao lume.

E ela ferve.

Um perfume desabrocha.
Me enche a casa.
Sobe a escada e vai à cave.

Quando a abro,
A alegria é tal,
Desata sorrindo,
Fica cantando,
Enquanto bebo o seu segredo.

Depois se recolhe.
Ao seu silêncio
E fica à espera,
Como uma grande amante.

Fico encantado
Com seu carinho.
Que rica prenda
Me dei a mim…
Por tão pouco dinheiro.

Mafra, 19 de Outubro de 2014
21h38m

Joaquim Luís Mendes Gomes


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