Palavras. Para quê mais palavras?...
Não são precisas mais palavras.
Muito menos ocas…secas…
Largar sons sem tino.
Alinhar letras e sons verbais.
Qualquer voz rouca as dá.
As canta ou chora.
Se a vida assim o mandar ou quiser.
A dor e o amor
São faces da mesma moeda.
Ora é uma.
Ora é outra.
Só uma, por cada vez,
Do chão se vê.
Mas na vida não…
Amor e dor podem conviver
Na mesma hora.
Meu corpo e a minha alma
São a casa viva
Onde elas moram,
Quando chega a hora
De amar ou de sofrer.
Não se seguem,
Ora uma ora outra,
Como a noite e como o dia,
Conforme o sol.
Não há porta nem janela
Que as impeça de entrar.
Têm a chave sempre à mão…
Não vale a pena.
Somos mesmo assim.
Nascemos para sofrer e pra amar…
Ouvindo “sonho impossível” por Maria
Betânia
Mafra, 19 de Outubro de 2014
7h19m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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