Hoje o carro não péga.
Precisa dum empurrão.
Só a força deste gigante
será capaz de pôr em marcha
este carro frio
que dormiu à chuva.
Enregelado de tanta insónia.
Arrefeceu.
Quase gripou.
Aqui vai.
Bastou um toque ligeiro
daquela voz profunda
e de oiro.
Que só Wagner tem.
Empolgante orquestra.
Arrancando do fundo,
os mistérios da música,
como mais ninguém...
Aqui vou eu.
Subindo e descendo.
Carreiros ocultos.
veredas sombrias.
Tudo luzindo.
Que frescura de vento
me vem da frente!...
Remocei de novo.
Cuidado!
Aqui vou eu, vizinho!...
ouvindo de Wagner
a Tannhauser
Bar "o caracol" arredores de Mafra
Mafra, 1 de Agosto de 2015
( ainda ontem, era Janeiro!...)
Joaquim Luís Mendes Gomes
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