quinta-feira, 6 de agosto de 2015

horas seráficas...

Horas seráficas...

Seráficas fluem as horas
nos claustros dos mosteiros graníticos.

Vestes de abas compridas
brancas, castanhas,
em cortejos serenos.

Vozes humanas se elevam divinas,
entoam os cantos
em salmos,
Soam os sinos nas torres de pedra erguidas.

Chovem as graças dos céus
inundando as aldeias  à volta dormentes.

Sobram-lhes as horas de trabalho intenso
das terras.
Ao sol e à chuva com vento.

Caem as folhas das árvores frondosas e formam tapetes às cores.

Dá-lhes o vento e fazem bailados silvestres.

Trinam nos céus as aves canoras em hinos.

Raios de sol tapam de sombras os bosques e matas.

Cantam as águas dos lagos e rios, parecem sereias.

Sossegam as casas de janelas e portas cerradas.

No céu refulgem as estrelas
e a lua de prata.

ouvindo canto gregoriano
no dia em que minha Sandra faz anos

Mafra, 7 de Agosto de 2015
7h39m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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