quinta-feira, 6 de agosto de 2015

bolero de Ravel...

Paulatinamente,
passadas lentas,
sobre as areias secas e escaldantes do deserto,
vão os camelos, em porte altivo,
carregados,
uma carga de lado a lado,
vão alheios.
ao sol porque chuva ainda não há.
até ao oásis mais perto que houver.
muitos quilómetros,
passo a passo,
hão-de chegar....disso estão eles certos.
Nõ sentem stress,
nem o cansaço.
Tudo vai bem e sempre avante.
porque a distância ficou em casa.
Aqui vou com eles. tão encantado.
sou beduíno.
uso turbante,
por causa do vento e das areias..
Vou e volto.Quero vê-los no regresso.
sempre os mesmos.
os camelos, dromedários.
os cargueiros do oceano seco e cego,
onde o mar morou há tanto...
ouvindo o bolero de Ravel
Mafra, 6 de Agosto de 2015
15h50m
Jlmg

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