Mina do silêncio...
A centenas de degraus de escada,
no seio de mim,
fica a minha mina do silêncio.
Sem viv'alma.
Só a minha.
Ali desço, cada dia,
às escuras
e perscruto
os meus segredos.
Ali me esqueço
das agruras
que me agoniam,
cá na terra,
cá por cima.
Ali lanço o meu balão,
ou papagaio de papel,
onde escrevo os meus versos.
Ali bebo do vinho puro
em fantasia
E como pão,
pela noitinha,
para matar a sede e minha fome...
Ali revigoro minhas forças.
De novo subo,
quando sinto a hora de acordar...
Mafra, 9 de Agosto de 2015
15h43m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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