sexta-feira, 21 de agosto de 2015

tudo é efémero...



Tudo é efémero…

Não vale a pena filosofar
À volta disto.

Tudo é caduco.

Não há reinado, por mais fulguroso,
Que não termine.

A história está cheia.
De imperadores.
Conquistadores.
Tiranos e capitães esquecidos.

Sobram castelos e fortalezas,
Com muralhas
Em pedra grossa e reforçada.
Por esses montes.

Só o vento, o sol e a chuva
Os visita, mesmo mortos,
Da mesma forma
Como nos tempos de glória.

Restam inertes,
Sem faraós,
Só com múmias,
As pirâmides e os colossos.

Ficaram obsoletas,
Quase cegas,
Todas as grandiosas bibliotecas
E os faróis de Alexandria.

Tudo apagou.
Até os mares secaram,
Fecharam a porta
Ou mudaram de continente…

Ouvindo, uma vez mais, os “Nocturnos” de Chopin, enquanto o sono não vem

Mafra, 22 de Agosto de 2015
3h5m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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