quarta-feira, 12 de agosto de 2015

pucarinha de barro...

Pucarinha de barro…


Encho uma pucarinha de barro vermelho, bojuda,
Com água fresquinha.

Durmo com ela na mesa de cabeceira.

Pela madrugada, quando me vem a sede,
desperto e bebo dois tragos.
Volto a deitar-me.
E navego de novo
Nas asas do sono.

Por vezes, sonhando,
Encantado.
Outras, esconjurando fantasmas,
Me agridem,
Parecem reais.

Só outro trago
De água fresquinha
Da púcara de barro,
Me faz sossegar…

Ouvindo “serenata” de Schubert

Mafra, 12 de Agosto de 2015
21h36m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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