O colchão de palha…
Não sou do tempo do suma-a-pau.
Já sou do colchão de palha.
De tempos a tempos,
Era uma das tarefas que se repetiam,
Com muita festa.
Minha Mãe esvaziava,
Um a um,
Os colchões da casa.
Eram em pano-cru às listas.
Forte e resistente.
Estendia-o no chão.
Tinha uma fenda ao meio.
Era por ela que a palha de centeio
entrava.
Molho a molho,
Dobrado ao meio.
Até encher.
Quase a rebentar.
Depois era coser a fenda.
Ficava alto e muito fofo.
E que perfume!...
Podíamos dar uns bons saltos.
Éramos pequenos…
Naquela noite não custava nada irmos
para a cama…
Mafra, 15 de Agosto de 2015
18h1m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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