sábado, 15 de agosto de 2015

o colchão de palha...

O colchão de palha…

Não sou do tempo do suma-a-pau.
Já sou do colchão de palha.

De tempos a tempos,
Era uma das tarefas que se repetiam,
Com muita festa.

Minha Mãe esvaziava,
Um a um,
Os colchões da casa.

Eram em pano-cru às listas.
Forte e resistente.
Estendia-o no chão.

Tinha uma fenda ao meio.

Era por ela que a palha de centeio entrava.
Molho a molho,
Dobrado ao meio.

Até encher.
Quase a rebentar.
Depois era coser a fenda.

Ficava alto e muito fofo.
E que perfume!...

Podíamos dar uns bons saltos.
Éramos pequenos…
Naquela noite não custava nada irmos para a cama…

Mafra, 15 de Agosto de 2015
18h1m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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