Os nossos fantasmas...
São medonhos e muitos
os nossos fantasmas.
Envoltos em fumo,
Vêm de longe,
de nossos antanhos.
Se alimentam de sangue,
e vivem nocturnos.
Tremendos.
Destroem caminhos.
Arrasam os sonhos.
Criam abismos.
Roubam-nos as forças.
O peito rebenta.
Falta-lhe o ar.
Devoram a mente.
Prendem os braços.
Fazem suar.
Parecem que o mundo
está mesmo a acabar...
Mas, no desespero final,
do fundo de nós,
irrompe um estrondo.
Um trovão explode.
Abrimos os olhos.
Pelas janelas, jorra o sol.
O céu é azul e sem nuvens.
A vida lá fora é uma festa.
Mais um dia começa.
Lentamente a bonança domina.
Invade-nos o corpo e a alma.
Nasce a verdade.
Somos os mesmos.
Amantes da vida
com medo da morte...
ouvindo " Cavalgada das Valquírias" de Richard Wagner
ainda é escuro e gelado
Berlim, 1 de Dezembro de 2015
6h00m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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