Dias negros…
Por vezes, não se sabe porquê,
Se tolda o céu.
Chegam pardas as nuvens.
Estarrecidas e enegrecem nossa mente.
A esperança quase morta
Se esvai em fumo.
E prostrados no chão,
Quase escaravelhos,
Desmaiamos.
Quase enfermos.
Só a chuva intensa,
Despedaça nosso negrume.
E, pouco a pouco,
Vai raiando,
Primeiro a luz,
Depois o sol.
Nos aquece.
Lentamente, nos erguemos,
Se agita o sangue
Nas nossas veias
E, passo a passo,
Ensaiamos, novamente,
Nosso caminho.
Novas cores.
Novas gentes,
Chega a chama
E se ateia,
Com vontade de viver
E chegar ao fim do mundo…
Ouvindo um violino a tocar
Mendelssohn
Berlim, 8 de Novembro de 2015
8h8m
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