Estou mesmo a precisar…
É tamanho o negrume na minha alma,
Seria tão bom dar um passeio pelo rio
Moldau…
Afogar as minhas mágoas
Nas águas daquele rio puro.
Nascido na serra,
Corrente, entre desfiladeiros e
escarpas
E deslizante, suave e quente,
Por campos verdes,
Entre as margens arborizadas.
Sentir no meu rosto aquela brisa
fresca
Que emana das suas ondas.
Ouvir-lhe os pássaros de asas
coloridas que o embalam docemente,
Durante a noite.
Pernoitar deitado nas areias brancas
Dum seu açude.
Contemplando a lua no céu enamorada.
Ouvir, encantado, Smetana no melhor
da sua inspiração
E escrever um poema lindo
Para mandar ao meu irmão…
Ouvindo Smetana, Moldau
Berlim, 17 de Novembro de 2015
6h21m
Está ainda escuro
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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