segunda-feira, 2 de novembro de 2015

vou partir...

Vou partir…

Vou partir na minha nave do sonho
Por esse mundo em busca da perfeição.

Perscrutando todos os escaninhos
Quer na terra quer no céu.

Soltei minhas amarras.
Venci a gravidade dos meus pesos
Que me prendiam ao chão
E, leve, vou voando.

Daqui alcanço as dimensões reais.
O que é exacto nas suas formas
E movimento.

Como é minúscula e bela a Terra, mergulhada no silêncio.
Tão inócua e tão pacata.
Aqui, só eu sei bem o que lá vai.

Pintada de azul, branco e manchas negras.
Como um balão voando ao sol.

Carregando mares com vida,
Searas verdes, desertos e montanhas altas.
Envolvida numa manta leve em tecido branco que o vento agita e o sol acende.

Só aqui eu sei as legiões de gente,
Tão diversa na raça e cor,
Mas tão igual,
Que nela habita em passagem breve…

Ouvindo Sibelius, sinfonia nº 2

É madrugada escura

Berlim, 3 de Novembro de 2015
6h4m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




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