sexta-feira, 27 de novembro de 2015

não sou de algodão...

não sou de algodão...

tenho uma casa fechada.
suas chaves na minha mão.
tem aldrabas e aluquetes.
suas portas são de ferro.

está cercada à volta.
ninguém consegue ultrapassar.

só me chamando.
vou logo abrir.
se vier por bem,
entra e come à minha mesa.
pão e vinho.
queijo e broa.
como brotou da natureza.

tem lareira fogo,
sempre acesa.
canapés.
tapetes de algodão.

minha viola toca
as minhas mãos
e eu canto as badaladas
como me brotam,
sem querer.

minha casa, junto ao rio.
adormece de prazer ouvindo
o marulhar de suas águas.

gosto dela.
me faz feliz.
nela amo
a vida e tudo
que ela me dá.
sem eu pedir...

bar dos motocas, arredores de Berlim, 27 de Novembro de 2015
11h13m

ouvindo Maria Betânia...ninguém melhor

jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes


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