Prelúdio das chegadas…
A volta dos tristes
Era às quartas-feiras.
“Nunquam duo”
Em grupinhos de três.
De Vilar à cidade.
Eléctrico amarelo da Foz.
Descendo ronceiro,
Pelo Largo dos Lóios,
A rampa dos Clérigos.
Castanhas assadas.
Em papel de jornal,
Páginas amarelas.
Cinco tostões uma dúzia.
Pelo Santo António acima,
Olhando vitrinas.
Livrarias cheirosas.
A loja da música.
Até ao Ribeiro.
Santa Catarina.
Uma rua festiva.
Cheia de gente
Que vinha do campo.
Com roupas luzentes.
A central de camionagem.
Num nicho de rua…
Quem a diria?
Dali irradiavam em bando,
Para o norte e para o sul.
E, em São Bento.
Magnífica estação do comboio.
Um átrio gigante,
Um assombro,
Com painéis de azulejo.
Depois, o regresso.
Ao cárcere do rio,
Mirando a ponte
Que estava a nascer…
O começo da vida,
Só nuvens no céu…
Ouvindo Schubert
Berlim, 12 de Novembro de 2015
8h24m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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