domingo, 22 de novembro de 2015

lavo meu rosto...

Lavo meu rosto…

Cada manhã, lavo meu rosto,
Nas águas do rio.
Fico a vê-las fluir,
Naquela corrente sem fim.
Da nascente até ao mar.

Lanço-lhe prendas.
Como barquinhos sem vela,
Descem e vão.
Me dizem adeus e eu a elas.

Boa viagem!...
Lhes desejo.
Já que eu fico
E elas vão.

Fico lavado.
Peito arfante.
Ganhei as forças
Para mais um dia.
Oxalá com neve.

Queria brincar,
Como fiz criança.
Tantas bolas.
E a bonecada.

Que alegria, enquanto havia.

Depois, era esperar.
Só para o ano.

A neblina. Mantinha de pérolas.
A raiar ao sol.

Vinha o rebanho.
Ó que fartura!
Tão lindo a vê-lo.

Ouvindo o “ concerto Aranguês”

Berlim, com neve, 23 de Novembro de 2015
8h18m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário