Lavo meu rosto…
Cada manhã, lavo meu rosto,
Nas águas do rio.
Fico a vê-las fluir,
Naquela corrente sem fim.
Da nascente até ao mar.
Lanço-lhe prendas.
Como barquinhos sem vela,
Descem e vão.
Me dizem adeus e eu a elas.
Boa viagem!...
Lhes desejo.
Já que eu fico
E elas vão.
Fico lavado.
Peito arfante.
Ganhei as forças
Para mais um dia.
Oxalá com neve.
Queria brincar,
Como fiz criança.
Tantas bolas.
E a bonecada.
Que alegria, enquanto havia.
Depois, era esperar.
Só para o ano.
A neblina. Mantinha de pérolas.
A raiar ao sol.
Vinha o rebanho.
Ó que fartura!
Tão lindo a vê-lo.
Ouvindo o “ concerto Aranguês”
Berlim, com neve, 23 de Novembro de 2015
8h18m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário