segunda-feira, 9 de novembro de 2015

buraco da fechadura...

Buraco da fechadura…

Por aquele pequenino buraco,
Entra certa só uma chave
E a porta se abre.
Por ele, quem espreita
Faz o que não deve
E se vê o que faz.

Depois de entrar,
É sensato deixar a chave na porta depois de fechar.

E, de lâmpadas acesas,
Pela calada da noite,
Há sempre mirones de longe
Que não resistem
E querem espreitar,
Se se não correm cortinas.

Pelas vielas desertas,
Não esqueças,
Há sempre olhos abertos
Que espreitam escondidos,
Atrás das janelas.

Bem dentro da gente,
Somos todos assim.
Há sempre um bichinho danado a roer
E que espreita sem vergonha na cara…

De madrugada escura

Berlim, 10 de Novembro de 2015
5h30m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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