sexta-feira, 6 de novembro de 2015

no último degrau...

No último degrau…


Como uma bola de trapos,
Era um miúdo.
Escorreguei nas minhas escadas de pedra.
Aos rebolões.
Só parei no último degrau.

Ali fiquei horas a fio, à espera.
Não passou vivalma.
Podia estar morto.
Ninguém acudiu.
A família era fora.
E era Verão.

Ficou-me a lição.
Descer, só com a mão no corrimão.


Berlim, 6 de Novembro de 2015,
15h38m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



Sem comentários:

Enviar um comentário