sábado, 14 de novembro de 2015

socorro...

Peçamos socorro…

Descarrilou o mundo no caminho da história.
O tempo é de ameaças. Constantes.
Em todas as frentes. Sem pontos de fuga.

A humanidade, atrevida e orgulhosa,
Mexe sem escrúpulo nos arcanos
Que regem seu curso,
Invertendo seu curso.

Ergue barragens a eito,
Enganando os rios.
Escava cavernas buscando volfrâmios.

Atira para o ar golfadas de mal.
Em vez da pureza da chuva,
Chove veneno mortal.

Atravessa as nuvens, para lá dos limites.
Desafiando os deuses.
Retorna feroz, pior que uma fera,
Com o rei na barriga.

Atira para os mares todo o lixo da terra.
Saqueia-lhes a vida com voragem sem fim.

Nem o terror dos vulcões,
Nem o furor dos tsunamis
Lhe extinguem a avareza infernal.

Só a mão poderosa do seu Criador
Lhe pode valer…

Amanheceu cinzento
Ouvindo Schumann

Berlim, 15 de Novembro de 2015
8h7m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




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