Peçamos socorro…
Descarrilou o mundo no caminho da
história.
O tempo é de ameaças. Constantes.
Em todas as frentes. Sem pontos de
fuga.
A humanidade, atrevida e orgulhosa,
Mexe sem escrúpulo nos arcanos
Que regem seu curso,
Invertendo seu curso.
Ergue barragens a eito,
Enganando os rios.
Escava cavernas buscando volfrâmios.
Atira para o ar golfadas de mal.
Em vez da pureza da chuva,
Chove veneno mortal.
Atravessa as nuvens, para lá dos
limites.
Desafiando os deuses.
Retorna feroz, pior que uma fera,
Com o rei na barriga.
Atira para os mares todo o lixo da
terra.
Saqueia-lhes a vida com voragem sem
fim.
Nem o terror dos vulcões,
Nem o furor dos tsunamis
Lhe extinguem a avareza infernal.
Só a mão poderosa do seu Criador
Lhe pode valer…
Amanheceu cinzento
Ouvindo Schumann
Berlim, 15 de Novembro de 2015
8h7m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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