quando só havia moinhos,
de água ou de vento
e os baloiços
eram de cordas
pendurados nos ramos.
quando os bois luzidios
palmilhavam a estrada,
enfeitados nos cornos.
e os rios certeiros
corriam ordeiros,
parecendo mansinhos.
havia abutres e corvos
nas lixeiras dos povos.
os galos, galinhas,
cantavam horas a fio,
ao raiar da manhã.
e as sementes mais sãs
não eram as sobras,
ensacadas a eito,
no fim das colheitas.
se bebia directo
da água corrente
das nascentes do monte.
havia respeito dos novos aos velhos,
que foram meninos.
foi a era mais pura
à face da terra,
onde valia viver...
Berlim, 10 de Novembro de 2015
9h25m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário