Tudo em pedaços
Quis tudo de novo.
Desfiz-me todo
Em pedaços de mim.
Pus tudo de molho
Como se fosse um bragal.
Peguei num alguidar
E fui pô-los ao sol
A corar.
Lá pela tardinha,
Estavam sequinhos.
Soprou uma aragem.
Em passinhos dormentes,
Começaram a andar,
Buscando alguém.
Suavemente, surgiu uma forma,
Com pés e cabeça.
Se ergueu,
Olhou para mim.
Pôs-se a sorrir
E disse-me
- olá!...
Bar dos Motocas, arredores de Berlim
30 de Janeiro de 2016
10h19m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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