Do avesso…
Viro todo o
mundo do avesso
E assim,
sim. Fica direito.
Posso atravessá-lo
descalço e nu.
Em segurança
e com a elegância
Que me
prendou a natureza.
Tudo o mais
é artifício
E postiço
como a cola
Para repor
os cacos do boneco
Que caíu e
se estatelou.
Tenho em mim
as marcas mestras
Do artista
que me moldou.
Com a massa
deste mundo
Que me cerca
E,
malfadado, por suas mãos,
Se revirou.
Não é fácil.
Tão
enredadas são as voltas
E o
emaranhado egoísta
Do tapete falso
que teceu.
Assim, sim.
Já tudo faz
sentido
E dá-me
gosto de viver…
Ouvindo “uma
fuga de Bach” por uma harpa
Berlim, 21
de Janeiro de 2016
7h46m
Jlmg
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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