sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

ferro velho...

Ferro velho…

Estou farto de tanto plástico.
Dediquei-me às velharias.
Tudo em couro curtido.
Boa madeira grossa.
Ferro da forja.

Só uso socos
Com cravos nas solas.
Para serem eternos.

São de estopa
As minhas camisas.
Não preciso gravata.
O meu chapéu é de feltro espesso.
Combato o frio com meu forro de lã.
Só me banho
Nas águas do rio.

Minha casa, sempre de lareira acesa,
Não tem chaminé.
Não há fumo, não.
Porque a lenha é seca.
Tenho uma pipa ao lado.
Minhas meias grossas…
Sou mesmo ferro velho!...

Berlim, 1 de Janeiro de 2016
11h45m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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