terça-feira, 26 de janeiro de 2016

a conta-gotas

A conta-gotas…

Pingam as horas a conta-gotas
Como o pêndulo do relógio.
De nuvens se tapa o céu
Para logo se desnudar.

Para trás não corre o rio
Mesmo que se revire a Terra.
Mais depressa se esquece a facada
Que uma falta de atenção.

Ninguém dorme por gosto ao mau relento
Se lhe abrirem uma só porta.
Tenho medo de quem se cala
Quando era a hora de estrebuchar.

Quem, por mal, me humilhou na vida,
Não tem direito ao meu perdão.

Só quem sofreu na pele
Entende bem o que é sofrer.

Berlim, 26 de Janeiro de 2016
9h26 m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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