Regressei à minha aldeia…
Regressei à minha aldeia,
Passados anos.
Fui bater porta a porta.
Onde era a Laurindinha
Apareceu um bando
De arraia miúda.
Os mesmos olhos.
O mesmo sorriso
Da bisavó.
Na Camilinha, onde havia um rancho,
Casa fechada.
Donos novos. São emigrantes.
E na Aurorinha.
Tinha uma loja
E uma Rosinha linda.
Só vendem churrasco
Com bolo do forno.
Ressuma a chouriço.
Na do “Anastácio”,
A bordadeira,
Só vive a filha.
Agora é avó.
E na do Abade,
Tão visitada.
Estava fechada,
Só ali vivem ratos.
E no lugar da “Forca”
Era o meu mundo…
Tudo mudado.
Casas modernas.
Não se vê viv’alma…
Só corre a estrada.
Berlim, 1 de Janeiro de 2016
13h17m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário