quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

chamar a poesia...

Chamar a poesia...

Purificar a alma,
sacudir a lama e o pó do corpo,
abrir as asas e subir no ar
até culminar no infinito.

É no mundo sideral
que mora a harmonia da lei geral.
Junto ao chão, poisam as impurezas.
A delicadeza vive no palácio das alturas,
ao pé do firmamento.

Onde só as águias chegam
para fitarem as suas presas.
É da linha longínqua do mar
que se alcança bem
a linha ténue desta terra enorme.

É no sacrário da meditação
que a mente se eleva e sente.
Ressonâncias ocultas aos olhos de sangue
tão facilmente obnubilados
pelas poeiras que os circundam.

Importa agitar as águas
para que o oxigénio lave
suas impurezas.

A beleza é aquele véu de seda
que cobre o sonho de verdades...

ouvindo Hélène Grimaud, ao piano, tocando Brhams, concerto nº 1

é noite escura

Berlim, 7 de Janeiro de 2016
5h54m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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