Merendar no chão...
Como é bom merendar no chão.
Uma toalha lavada e fresca,
sobre a relva verde,
ao pé dum rio.
A família à volta.
Da giga cheia, sai a caçoila em barro.
Um arroz do forno, bem tostadinho.
A fumegar.
Bolinhos de bacalhau.
Em abundância.
Com muita salsa.
Uns panadinhos tenros, da cor do mel.
E aquele galo assado,
Que bem cantava,
Só comia milho.
E o bacalhau às postas.
Do curado ao sol,
À moda antiga...
Queijo da serra.
Queijinhos secos.
E o salpicão de fumo.
Com cheiro a pinho.
E o presunto rubro
De fazer corar.
Um garrafão do puro,
Do melhor tinto.
E no final,
Um melão total,
Com a casca a arder...
Tanta alegria.
Melhor não há...
Que pena!
Foi só um sonho.
ouvindo Fur Ellise, de Beethoven
Berlim, 18 de Janeiro de 2016
22h42m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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