segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

merendar no chão...

Merendar no chão...

Como é bom merendar no chão.
Uma toalha lavada e fresca,
sobre a relva verde,
ao pé dum rio.
A família à volta.

Da giga cheia, sai a caçoila em barro.
Um arroz do forno, bem tostadinho.
A fumegar.

Bolinhos de bacalhau.
Em abundância.
Com muita salsa.
Uns panadinhos tenros, da cor do mel.
 E aquele galo assado,
Que bem cantava,
Só comia milho.

E o bacalhau às postas.
Do curado ao sol,
À moda antiga...

Queijo da serra.
Queijinhos secos.
E  o salpicão de fumo.
Com cheiro a pinho.
E o presunto rubro
De fazer corar.

Um garrafão do puro,
Do melhor tinto.

E no final,
Um melão total,
Com a casca a arder...

Tanta alegria.
Melhor não há...

Que pena!
Foi só um sonho.

ouvindo Fur Ellise, de Beethoven

Berlim, 18 de Janeiro de 2016
22h42m

Joaquim Luís Mendes Gomes





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