Despertador…
Tenho sorte. É o sol que me desperta
Cada manhã, pela janela da minha casa
Em Berlim.
E me indica que, muito ao longe,
Há a Tapada da linda Mafra
Que me espera.
Aqueles cavalos lindos,
De olhos grandes e caudas longas
Sempre agitadas.
Aquelas voltas tão gostosas e
inebriantes
Pelas cercanias,
Entre os campos e o mar.
Aquelas ondas brancas
Rendilhadas que o mar nos oferece
incessantemente.
A majestade daquele Convento cenóbio
Que foi real.
Aqueles punhados de aldeias brancas
Disseminados harmoniosamente
Pelas encostas verdes de tantos
montes,
Num mar de paz.
E o zimbório de Sintra ao longe,
Rasgando o céu.
Aquela colmeia doce que, apesar de
tudo…
Me dá o mel…
Ouvindo Beethoven
Berlim, 10 de Janeiro de 2016
9h7m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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