Tinta nankim
Cor do céu e cor do mar.
Se escrevia nela a alma.
Na escola linda,
Ao raiar da vida.
Caligrafia perfeita,
Bem desenhada.
Que todos lessem.
Era o preceito.
Redonda ou inclinada conforme o
jeito.
Primeiro a tremer.
Pouco a pouco, melhor.
Até que cada cópia era um mar de
letras.
Enchia uma folha.
A seguir o ditado.
Se escrevia de cor.
O que o professor dizia.
Um desafio. Fazia suar.
Vinha a correcção.
Lápis vermelho.
Do mau ao bom.
Como era bom.
Era o labor de cada manhã.
Foi o começo.
Longo caminho.
Agora, já não há nankim.
É tudo digital.
Arial ou calibri…
Berlim, 21 de Janeiro de 2018
15h30m
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