segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Cor da verdade



Cor da verdade

Não é verde a verdade como a pintam.
É azul. Amarela, rubra e azul.
Tem as cores em doses certas.
Gera beleza e harmonia.
Regala os olhos e o coração universal.

É certeira nos seus juízos. É justa.
Dá a cada um o que é seu.
Amarga à gula dos soberbos e dos ávidos de poder.
Arrasa a sobranceria de quem domina por violência.

Se alimenta e vive aninhada no íntimo das consciências.
Sabe de cor a ladainha de todas as virtudes.
É apanágio de quem sonha com a vitória e o alcance do seu objectivo.

Tem a bênção do sol quando surge em cada dia.
Consola a tristeza dos fracos e dos que vivem oprimidos.
É o mar que inunda a terra com sua brisa benfazeja.

E o arco-íris que a abraça de lado a lado.

Ouvindo Rachmaninov, concerto nº 2, por Hélène Grimaud ao piano

Berlim, 9 de Janeiro de 2018
7h3m
Noite escura e gelada
Jlmg


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