Cor da verdade
Não é verde a verdade como a pintam.
É azul. Amarela, rubra e azul.
Tem as cores em doses certas.
Gera beleza e harmonia.
Regala os olhos e o coração
universal.
É certeira nos seus juízos. É justa.
Dá a cada um o que é seu.
Amarga à gula dos soberbos e dos
ávidos de poder.
Arrasa a sobranceria de quem domina
por violência.
Se alimenta e vive aninhada no íntimo
das consciências.
Sabe de cor a ladainha de todas as
virtudes.
É apanágio de quem sonha com a
vitória e o alcance do seu objectivo.
Tem a bênção do sol quando surge em
cada dia.
Consola a tristeza dos fracos e dos
que vivem oprimidos.
É o mar que inunda a terra com sua
brisa benfazeja.
E o arco-íris que a abraça de lado a
lado.
Ouvindo Rachmaninov, concerto nº 2,
por Hélène Grimaud ao piano
Berlim, 9 de Janeiro de 2018
7h3m
Noite escura e gelada
Jlmg
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