As sombras dormem ao sol
As sombras dormem ao sol,
Estendidas no chão.
Se levantam sonâmbulas e deambulam perdidas
na noite.
Prendem-se aos corpos e giram sem
asas, amarradas por cordas adiante dos passos.
Tingem de negro a terra e não deixam
pégadas.
Derramam frescura no solo e se
escondem do sol.
Empurram e abrem as portas sem chave.
Ficam à porta e sacodem os pés.
Tangidas por feixes, escorrem do
telhado das casas e se espalham secas no chão.
Escrevem rabiscos e formas com ordem
E cavam buracos.
Sem óculos, tapam a cara e tingem de
negro os olhos.
Semeiam sementes de sombras. Mesmo
molhadas, morrem ao sol.
São e não são…
Ouvindo Pachelbel- Forest garden
Berlim, 21 de Janeiro de 2018
9h25m
Jlmg
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