domingo, 28 de janeiro de 2018

Sabor da melancolia



Sabor da melancolia

Quando as cores desmaiam porque o sol se despediu,
Um vaga de melancolia tolda as encostas e os vales.
Os rebanhos ficam parados e só pensam no seu curral.
Os pastores e seus cães fiéis os tangem serenamente.
Eles descem num bando unido,
Remoendo o que lhes tocou.

É a hora das trindades.
E das almas em peregrinação.
Pelos lares da aldeia, as panelas fervem,
Cheias de couves e batatas boas.

Sob as ramadas, se lavam as mãos nos lavatórios.
A água é limpa e fresca.
A toalha branca, corada ao sol, cobre a mesa longa, com as tigelas de barro.

O pai já foi à pipa buscar uma canada de tinto puro.
A pequena que só quer brincar faz ouvidos moucos à  mãe já farta de os chamar.
Só o berro do pai os faz pensar…

Berlim, 28 de Janeiro de 2018
19h6m
Jlmg

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