Sabor da melancolia
Quando as cores desmaiam porque o sol
se despediu,
Um vaga de melancolia tolda as
encostas e os vales.
Os rebanhos ficam parados e só pensam
no seu curral.
Os pastores e seus cães fiéis os
tangem serenamente.
Eles descem num bando unido,
Remoendo o que lhes tocou.
É a hora das trindades.
E das almas em peregrinação.
Pelos lares da aldeia, as panelas
fervem,
Cheias de couves e batatas boas.
Sob as ramadas, se lavam as mãos nos
lavatórios.
A água é limpa e fresca.
A toalha branca, corada ao sol, cobre
a mesa longa, com as tigelas de barro.
O pai já foi à pipa buscar uma canada
de tinto puro.
A pequena que só quer brincar faz
ouvidos moucos à mãe já farta de os
chamar.
Só o berro do pai os faz pensar…
Berlim, 28 de Janeiro de 2018
19h6m
Jlmg
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