terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A carvalha grossa

Carvalha grossa

Bem grossa e frondosa, à beira da estrada.
Ao pé dela nascia um caminho de terra
Que, de Pedra Maria, levava ao Eirado.
Pelo Verão, era um regalo ver o chão sob ela,
Coberto de bolotas.
Depressa se enchia uma rasa.
Para o porco da casa ou vender.
Tanta vez foi o ponto de encontro com hora marcada.
Se ela existisse, talvez se visse ainda o sangue d’alguém que, por uma ofensa sem perdão, ali, levou uma facada.
Eu era pequeno. Miúdo da escola.
Sempre que passo por lá, me lembro
E sei quem a deu e levou.
Hoje, é só mais uma lenda, entre os que restam na terra…

Berlim, 2 de Janeiro de 2018
15h21m
Jlmg

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