segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Aguarela da tarde

Aguarela da tarde
De caixa na mão, subo a encosta.
Tarde de inverno.
No horizonte ao longe,
Entre as nuvens,
Espreita o sol.
Feixes de luz se espalham no vale.
Faíscam à tona, as águas do rio.
Uma brisa serena faz vibrar o arvoredo.
Há gado esquecido, vagueando nos prados.
De nuas se vestem as latadas sem uvas.
Pelas veredas da encosta, escorrem pacatas as cabras.
Saem das casas caladas serenas volutas de fumo.
Num tanque de pedra escondido, as mulheres trocam notícias e lavam as roupas.
Não me faz falta o azul. Está acizentado o céu.
Refulgem o amarelo, o castanho e o negro da terra.
Está pronta minha aguarela da tarde nesta tarde de inverno…
Berlim, 1 de Janeiro de 2018
13h10m
Jlmg

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