Bigodes de vinho
Os bigodes de vinho
São o loureiro à porta.
Anunciam a presença e passagem de
vinho.
Ele anda por perto.
Põem brilho nos olhos.
Rasgam rugas nas faces.
Enchem de alegria as almas.
Põem seu dono a cantar.
Nem precisa maestro.
Tingem os pêlos da barba.
Adoçam os lábios da boca.
Pedem beijos às moças.
Andam na roda a dançar.
Assim começa o verão.
Preparando o povo prà festa.
Se vestem camisas de linho.
Alegres noitadas de Agosto.
Opíparas pipas de vinho.
Canadas de porcelana.
Tigelas de barro vermelho.
Tecem bigodes tão tintos.
Põem o peito em chama.
Berlim, 3 de Janeiro de 2018
7h9m
Jlmg
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