terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Bigodes de vinho



Bigodes de vinho


Os bigodes de vinho
São o loureiro à porta.
Anunciam a presença e passagem de vinho.
Ele anda por perto.

Põem brilho nos olhos.
Rasgam rugas nas faces.
Enchem de alegria as almas.
Põem seu dono a cantar.
Nem precisa maestro.

Tingem os pêlos da barba.
Adoçam os lábios da boca.
Pedem beijos às moças.
Andam na roda a dançar.

Assim começa o verão.
Preparando o povo prà festa.
Se vestem camisas de linho.
Alegres noitadas de Agosto.
Opíparas pipas de vinho.

Canadas de porcelana.
Tigelas de barro vermelho.
Tecem bigodes tão tintos.
Põem o peito em chama.
Berlim, 3 de Janeiro de 2018
7h9m
Jlmg



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