Secaram as fontes
Que secura tão grande. Secaram as
fontes.
Não há pinta de água. A sede é
faminta. Devora.
A pele secou.
O pó tapa-me os poros.
Respirar custa cada vez mais.
Eram suaves os ventos.
Da terra brotavam sementes.
A verdura da vida sorria.
No fundo do vale, o rio corria.
No azul profundo do céu o sol
brilhava, aquecia.
De vez em quando vinham do mar nuvens
carregadas de chuva.
Parece que tudo morreu.
Mas, no fundo de mim, a esperança não
morre.
Há sempre um vale para além daquela
montanha onde as fontes não secam…
Ouvindo Adágio de Sebastião Bach
Berlim, 20 de Janeiro de 2018
8h49m
Jlmg
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