sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Secaram as fontes



Secaram as fontes

Que secura tão grande. Secaram as fontes.
Não há pinta de água. A sede é faminta. Devora.
A pele secou.
O pó tapa-me os poros.
Respirar custa cada vez mais.

Eram suaves os ventos.
Da terra brotavam sementes.
A verdura da vida sorria.

No fundo do vale, o rio corria.
No azul profundo do céu o sol brilhava, aquecia.
De vez em quando vinham do mar nuvens carregadas de chuva.

Parece que tudo morreu.
Mas, no fundo de mim, a esperança não morre.

Há sempre um vale para além daquela montanha onde as fontes não secam…

Ouvindo Adágio de Sebastião Bach

Berlim, 20 de Janeiro de 2018
8h49m
Jlmg


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