quarta-feira, 22 de abril de 2015

todo o tempo...

todo o tempo do mundo...

não tenho todo o tempo.
só o que resta desta caminhada cansada,
onde venho há muito.

trago em mim,
traços de luz e rasgos de sonhos
por lançar sobre o mundo.

quero jorrar, fonte sem fim.
canar desenfreado
as glórias da vida.
e chorar as lágrimas
de quem não pode chorar.

erguer minhas mãos,
até onde meus braços chegarem.

serei sempre dos primeiros,
onde houver quem precise.
um alento na alma.
um sorriso brilhante.
que os faça sorrir.

venham daí comigo
com o mesmo sentir.
deixemos carpir.

passemos a actos
o que vai no fundo de nós.
enquanto o coração nos bater...

ouvindo Wagner, "cavalgada das Valquírias"...

amanheceu luminoso

Mafra, 22 de Abril de 2015
7h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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