segunda-feira, 13 de abril de 2015

disfarces...

disfarces...
por mais que oculte
ou disfarce,
minhas moléculas gravitam
nas órbitas, tais-quais,
naturais.

trazem as marcas profundas da forja.
minha alma é um sopro
do Ser.
as alimenta perenes,
enquanto habita
meu corpo.
a mim, só cabe escolher
entre ser ou não ser.
onde ponho os pés,
no tapete do tempo
onde marcho.
no caminho com termo
que quero atingir,
o melhor que puder.
vou num cortejo com pares
que se vestem iguais.
interagem comigo.
dão-me o que careço
pelo bem que lhes dou.
umas vezes, melhor
outras somenos.
por vezes, há lutas.
disputas.
cobiças do mesmo.
umas vezes, é a verdade que impera.
outras, fingindo ser o que queremos.
cobrimos nossa nudês,
com vestes,
às cores e vários feitios.
pomos disfarces,
suavizando as sombras,
mas derramamos amor,
com sorrisos e beijos,
enlaces fatais...
suave amanhecer, ouvindo o melro a cantar na tapada de
Mafra, 14 de Abril de 2015
7h20m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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