secaram os cravos vermelhos que a dona Celeste,
mulher do povo, (assim se chamava...)
ofereceu aos soldados naquela manhã de Abril...
ofereceu aos soldados naquela manhã de Abril...
não era vendedora de flores.
era empregada num restaurante, ali em Brancamp,
que a dispensou, naquele dia por causa da revolução a nascer...
os cravos que eram para o restaurante,
foram cedidos pelo patrão.
quando chegava a casa, ali no Chiado,
encontrou o vizinho, Luís Stau Monteiro.
- que andas aqui a fazer, ó pequena?- perguntou-lhe o poeta. Vai para casa. isto é uma revolução.!..
e aquele aparato de soldados de armas em punho.
pediram-lhe cigarros...
- que pena!
...só tenho estes cravos.
...só tenho estes cravos.
e começou a distribui-los pelos soldados.
foram postos nos canos da sua G-3.
isto é verdadeiro. ouvi-a eu enternecido, num programa da rádio- antena 2 - de viva voz a contar como foi...a dona Celeste...era uma jovem. ...ficou para a Hstória
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