sábado, 25 de abril de 2015

história dos cravos vermelhos...

secaram os cravos vermelhos que a dona Celeste,
mulher do povo, (assim se chamava...) 
ofereceu aos soldados naquela manhã de Abril...
não era vendedora de flores.
era empregada num restaurante, ali em Brancamp,
que a dispensou, naquele dia por causa da revolução a nascer...
os cravos que eram para o restaurante,
foram cedidos pelo patrão.

quando chegava a casa, ali no Chiado,
encontrou o vizinho, Luís Stau Monteiro.
- que andas aqui a fazer, ó pequena?- perguntou-lhe o poeta. Vai para casa. isto é uma revolução.!..


e aquele aparato de soldados de armas em punho.


pediram-lhe cigarros...
- que pena!
...só tenho estes cravos.
e começou a distribui-los pelos soldados.
foram postos nos canos da sua G-3.
isto é verdadeiro. ouvi-a eu enternecido, num programa da rádio- antena 2 - de viva voz a contar como foi...a dona Celeste...era uma jovem. ...ficou para a Hstória

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