estar só.
dentro de quatro paredes.
mesmo com janelas abertas.
as portas não.
ver o céu azul,
do nascer ao pôr do sol,
sem ninguém com quem falar.
mesmo o jornal.
de papel ou telejornal.
mesmo a TV.
sempre a ditar.
navegar na net.
a saltar de link em link.
folhear todos os jornais que houver.
disfrutar o youtube
para saber de tudo
e ouvir música.
escrever e ler,
enquanto os olhos,
de tanto verem,
se não fecharem.
cavar a horta
ou o jardim.
trabalhar no atelier.
pintando ou modelando
o barro ou a madeira.
e não ter alguém de bem
que sorria à nossa beira.
cada dia, cada semana
e a vida inteira...
oh suplício!...
de estarrecer...
é estar inocente,
cumprindo pena maior,
mesmo dentro da própria casa...
Mafra, 3 de Abril de 2015
17h31m
Joaquim Luís Mendes Gomes
do nascer ao pôr do sol,
sem ninguém com quem falar.
mesmo o jornal.
de papel ou telejornal.
mesmo a TV.
sempre a ditar.
navegar na net.
a saltar de link em link.
folhear todos os jornais que houver.
disfrutar o youtube
para saber de tudo
e ouvir música.
escrever e ler,
enquanto os olhos,
de tanto verem,
se não fecharem.
cavar a horta
ou o jardim.
trabalhar no atelier.
pintando ou modelando
o barro ou a madeira.
e não ter alguém de bem
que sorria à nossa beira.
cada dia, cada semana
e a vida inteira...
oh suplício!...
de estarrecer...
é estar inocente,
cumprindo pena maior,
mesmo dentro da própria casa...
Mafra, 3 de Abril de 2015
17h31m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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