o cartuchinho de café...
vinha de Fafe, às quartas feiras.
que cheirinho bom
ele deitava.
num saquinho de papel,
listado,
um tanto espesso,
fechado a dobras sucessivas
até às orelhas,
soltava um aroma asiático
quando se abria,
de estontear.
depois, era a cafeteira ao fogo,
em folha flandres,
até ferver.
quatro colheres de sopa.
tudo bem mexido.
a seguir o saco de pano,
a fazer de filtro.
e o café negro
saía em bica,
para a cantarinha de vidro
ou barro...
e daí para a xícara.
ó que regalo!
às quartas feiras,
dia de feira.
Quem o trazia
era o senhor Zé das cabras...
Mafra, 19 de Abril de 2015
19h14m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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