sementes de mal...
Que mal eu fiz?...
uma nuvem negra
pairou no céu,
ao cair da tarde.
e, durante a noite,
enquanto eu dormia,
nenhum vento,
nenhuma brisa,
boa ou má,
a impediu...
uma chuva ruim
desaguou em pleno,
sobre a terra negra
do meu quintal.
depressa, se fez covil
de silvas, cardos
e ervas vis.
aquela terra,
viva e dócil,
-parecia bênção,
dada por Deus,
prometia o pão
para mim e meus...
ficou à morte!
foi a sorte ou a maldição?
vou a elas.
com toda a gana,
enquanto sentir forças.
esta esperança, forte,
uma viva bênção,
que caíu em mim,
e vem do céu,
ainda não morreu...
ouvindo Beethoven, opus 129
madrugada negra com chuva e frio
Mafra, 27 de Abril de 2015
6h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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