Parque das Nações...
Ao pé deste parque,
soberbo e belo,
passa um rio largo.
Uma ponte longa o cruza,
a perder de vista.
O parque que ficou daquela feira inolvidável
de 1998.
Aqui ao lado, há uma clínica.
Moderna e limpa,
Tudo é um esmero.
Nela estou para um conserto ligeiro.
Depois me vou.
Me ficará para sempre,
A memória destes breves dias.
Um retiro forçado e rico,
em que, sereno e livre,
posso meditar e medir.
Por mim
E pelo que se passa à volta.
Revendo o meu passado.
Ponderando a vida.
Como é frágil e breve!
Como o mais simples
Pode ficar complexo.
O que há de sólido,
reside em nós, bem fundo.
Sou nós nossa identidade.
Como a modelou a Natureza.
O resto passou e passa.
Se esfuma e esvai,
Desde os primeiros passos.
Em equilíbrio fraco.
Neste caudal sem fim.
O sentar num banco.
O deitar na cama.
O virar de lado.
O soerguer direito.
Tudo se apresenta
Difícil e duro.
Como da vez primeira,
Quando se era embrião.
Clínica Cuf Descobertas, Parque das Nações,
7 de Agosto de 2016
14h30m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário