domingo, 7 de agosto de 2016

Parque das Nações...

Parque das Nações...

Ao pé deste parque,
soberbo e belo,
passa um rio largo.

Uma ponte longa o cruza,
a perder de vista.


O parque que ficou daquela feira inolvidável
de 1998.

Aqui ao lado, há uma clínica.
Moderna e limpa,
Tudo é um esmero.


Nela estou para um conserto ligeiro.
Depois me vou.

Me ficará para sempre,
A memória destes breves dias.

Um retiro forçado e rico,
em que, sereno e livre,
posso meditar e medir.
Por mim
E pelo que se passa à volta.

Revendo o meu passado.
Ponderando a vida.
Como é frágil e breve!
Como o mais simples
Pode ficar complexo.

O que há de sólido,
reside em nós, bem fundo.
Sou nós nossa identidade.
Como a modelou a Natureza.

O resto passou e passa.
Se esfuma e esvai,
Desde os primeiros passos.
Em equilíbrio fraco.
Neste caudal sem fim.


O sentar num banco.
O deitar na cama.
O virar de lado.
O soerguer direito.

Tudo se apresenta
Difícil e duro.
Como da vez primeira,
Quando se era embrião.

Clínica Cuf Descobertas, Parque das Nações,

7 de Agosto de 2016

14h30m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes











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