Com estas muletas, aprendi a andar devagar.
A pressa morreu.
Minha vitória é chegar.
Tacteio o chão.
Olho o céu.
Ando no meio.
Fico distante de ambos os lados.
Deste modo, sei que alcanço o fim.
Há males que vêm por bem.
Este é um deles.
Ainda bem que sofri.
Quando deixar as muletas,
Serei outro e melhor
Que saboreia andar...
Tapada de Mafra, 18 de Agosto de 2016
20h21m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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