terça-feira, 2 de agosto de 2016

o Cruzeirinho...

O Cruzeirinho…

Ao pé da minha casa
Onde cresci,
Era um alto,
Havia um grande penedo em granito,
Saído do chão,
E se via de longe.

Com a forma de amêndoa.

Nele encrustraram um nicho
Com uma imagem lá dentro.
Dedicada à Senhora.
Aparecida.
E um cruzeiro por cima.

Uma grade de ferro a deixava entrever.
Ora alegre,
Ora tristonha,
Conforme a viam.
Quando se ia para a feira.

Nos guardou em pequenos,
Nas brincadeiras do monte,
Exposto ao sol.

Criara raízes nas gentes da terra.

Na senda dos tempos,
Ergueram-se casas à volta.

Agora, quem passa na estrada
Não dá pela ermida da Santa,
Rainha…
‘Inda lá mora calada, tristonha e escondida…
Em Pedra Maria.

Tapada de Mafra, 2 de Agosto de 2016
18h15m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes





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