domingo, 12 de julho de 2015

tapete encarnado...

Tapete encarnado...

Alguém me estendeu um tapete encarnado,
raiado de sol,
no caminho que trilho.

Suavizando as pedras.
Travando o pó.
Minhas passadas são curtas.
Saboreiam o chão.
Não deixam pisadas.
Olham o céu.

Sou escravo faminto.
Não páro quieto.
Sempre à espera
da esquina que vem
com surpresa.

Abro meus braços,
asas ao vento.
Abraço o sol.
Fico a brilhar.

Trepo escadas.
Volto a descer.
Planície de verde,
remanso dum rio,
que corre sereno,
sem fim.

Mafra, 12 de Julho de 2015
8h22m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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