Evadido da cadeia...
No sereno da madrugada,
consegui evadir-me da cadeia
e ir à solta,
por esse mundo.
Evitei caminhos.
Deixei as estradas,
onde andam as pessoas,
enleadas, mais presas
do que eu estava.
Prefiro as encostas e os vales,
por onde descem e se espraiam livres
os rios e os ribeiros.
Subo escadas. Desço ladeiras,
trepo escarpas, como gazela,
solta, sem dono e trela.
Odeio coleiras
e todas as marcas
que a sociedade põe,
com ar de festa,
no fundo,
só para controlo à risca.
Levo nas mãos,
enquanto puder,
faço questão,
a bandeira da liberdade.
ouvindo Adágio de Albinoni
Mafra, 19 de Julho de 2015
19h18m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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