Cavei na encosta minha caverna.
Longe do mundo.
Sem nevoeiro,
nem sol.
Só o calor da lareira.
Sempre a arder.
Não tenho gás nem internet.
Só o perfume das estrelas
e o luar de Janeiro.
Me visto de folhas,
colhidas ao vento.
Coradas ao sol.
Regadas de cheiro.
Bebo do vinho
e favos de mel.
Mantenho o recato
vestido de seda,
seara ondulante,
caiada de oiro.
Uma festa constante,
palha sequinha,
meu leito no chão.
O tempo me sobra e sonho.
Sorvo a vida
E a fome não mata...
Bar Caracol, arredores de Mafra, 26 de Julho de 2015
10h38m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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